quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tenaz

Tenaz


placa
traça
cloaca
troca e traça
o troco
tricô com trigo
trouxa de tênis
e toupeira entorpe
teceladas
amêndoas turvas
triviais e
trocadas
por outro treino
tácito turbante
tranqüilo e tenaz


Fiz esse poema algum tempo depois de deixar a faculdade. Estava com alguns amigos em casa jogando canastra e rabisquei as palavras no papel de anotar o jogo. Um amigo, que não está mais conosco, leu aquilo e demonstrou uma reação positiva que jamais esquecerei.

domingo, 26 de outubro de 2008

Barreiras

Barreiras


Já passei por algumas pedras,
umas atiradas,
outras inventadas,
mas nenhuma me barrou muito tempo.
Meu dinâmico espírito não permite.
E assim,
sigo valente.
Espero que não me intimidem
as pedras que terei pela frente.


Barreiras é o segundo poema do livro Alcaçuz e Anis.
Trata-se de um desabafo. São muitos os desafios mas persistência, garra e teimosia trago do berço. Andei errando alguns passos.
A experiência veio e agora é minha conselheira.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Paraíso Distante

Paraíso Distante

Não era real
o jardim onde julguei estar.
Somente no paraíso
poderia haver paisagem tão bela.
Em pensamento, pedi que alguém
me despertasse daquela visão.
Caí na minha sozinho.
— Tá certo! Não era o paraíso.
Mas se ela estivesse comigo
certamente seria um pedaço dele.


Paraíso Distante é o poema de abertuara do livro Alcaçuz e Anis.