sábado, 29 de maio de 2010

Gosto de Goiaba - poema do livro Alcaçuz e Anis (pág. 20 e 21)

O poema Gosto de Goiaba foi escrito no início do ano de 1991. Foi no final da obra de 660 casas no Residencial Mansour em Uberlândia. Ele parece um cordel mineiramente acaipirado e também foi surgindo sem parar do primeiro ao último verso e do jeito que veio está.
As crianças gostam do ritmo dele, de ler em disparada.

Gosto de Goiaba

solo no colo
cola na gola
goela do galo
galo no gol é frango
fumo em guimba
tombo de guri
cheirando cola
gosto de broa
cheiro de quiboa
goma de mascar
grude nos dentes
gosto de goiaba
geraldo gomes
gelou a gorete
girou o rolo
gozou o genro
gastou a grana
comprou um gorro
gemeu de frio
graças de galãs
gritos de fãs
greides de curvas
garotas graciosas
guiomar gravil
guardada geral
gamou no galante
gerou agrados
gorou infante
gaviões gozados
gados guiados
guia de gravador
gemas de valor
generais infames
gia de lagoa
carne de lagosta
gana de paixão
jeito de valor
guardou o ganso
grudou o gozo
gerou o guri
quebrador de galho
briga na geral
greve na central
guerra no golfo
grande gole
gaiato golfinho
guaraná em flor
giz em pó
gesso em pedra
tela de giotto
goma gola sapo
garganta de gari
grupo em gavetas
gozo em alguém

O escritório da obra era uma das casas e foi quando vi pela janela o engenheiro fiscal chegando e ele é Corinthiano, fui obrigado a terminar o poema para atendê-lo.

Pesadelo - poema do livro Alcaçuz e Anis (pág. 27)

Escrevi o poema Pesadelo há uns trinta anos. Algum tempo depois de escrito é que lhe dei o título. Ele nunca esteve tão atual. Se fosse escrevê-lo hoje só trocaria o necrófilo por pedófilo. Confesso que quando o fiz nem sabia o significado das palavras, elas simplesmente saíram num pacote. Termino o poema feliz, dei uma cutucada nos religiosos pecadores.

Pesadelo

Pontífices imprudentes
impróprios e prováveis
culposos dos atos seus.
Revoltosos leprosos
e necrófilos enfestos,
nefastos e esdrúxulos.
Inescrupulosos errantes,
mamelucos de janela.
É a solda dos sonhos.
Saporíferos ferrosos,
fontana fon-fon e feudo,
filogônios argônicos
teóricos e mal acabados.
Eis aqui um júbilo
de alma lavada.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Alcaçuz e Anis - divulgação na mídia

Prezados amigos, cá estou novamente a escrever.
Recebi pelo twitter, convite para divulgar meu livro Alcaçuz e Anis na mídia eletrônica. Enviei três exemplares impressos para o pessoal verificar.
Eles dizem ser amigos dos livros, portanto, nada tenho a perder.
Aguardem.

domingo, 7 de março de 2010

Mulher

Amanhã é o dia internacional da mulher.
Minha esposa pediu-me uma frase curta sobre a mulher para uma apresentação amanhã na escola onde ela é diretora.
Lembrou-me de um poema que escrevi ondeu eu dizia que "O criador estava de muito bom humor quando tirou aquela costela de Adão, dali surgiu a mais bela criatura que habita e anima esse planela".
E não consegui pensar em mais nada.
Ela não demonstrou muito interesse no que eu lhe disse e pesquisou qualquer coisa pronta na internet.

sábado, 6 de março de 2010

Um breve resumo do início de 2010

Há dois anos publiquei meu primeiro livro.
Em agosto completarei cinquenta anos. Isso mesmo, meio século.
Mais uma vez estou às turras com minha profissão de engenheiro tocador de obras. Em dois meses terminarei a obra que estou trabalhando, 84 casas populares, aqui em Ituiutaba. Essa obra serviu, fefinitivamente, para eu decidir que apesar do lado financeiro, que pesa muito, tenho que conseguir tocar minha vida de outra forma.
Perdi meu irmão mais novo, o Zezeca, num acidente de motos na terça-feira de carnaval. Partiu, aos quarenta e cinco anos, num acidente estúpido que ainda não foi esclarecido.
Minha família, aos poucos... absorve a dor.
Agora é seguir a vida.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mudança no perfil

Prezados leitores, agora estou mais próximo de vocês. Para quem não me conhecia, anexei minha foto no perfil.